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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Democracia e candidatos

 

Estamos todos brasileiros acompanhando a disputa pelo cargo de Presidente da República e outros cargos eletivos.Pergunta que me vem à mente: como foram escolhidos esses candidatos? A resposta dos políticos: pelas convenções partidárias.A resposta chega ser hilariante, dado ao corrupto sistema político e de compadrio existente hoje no Brasil.Outra pergunta: tem os políticos brasileiros conhecimento do instrumento que se chama: eleições primarias, existente em todos países realmente democratas? Claro que sim. Só não os interessa aplicá-lo.Vou elaborar, um pouco, o assunto.

Na maioria dos países ditos democratas, como Estados Unidos , Inglaterra, França, Alemanha, só para citar alguns, qualquer cidadão que quiser candidatar- se a posto eletivo, tem que se apresentar como candidato de um partido e submeter-se ao voto dos eleitores inscritos naquele partido.Concorre com vários que pleiteiam àquele posto.Isto vale para qualquer cargo, Vereadores, Deputados, Presidente da República.Há pouco tempo tivemos a eleição à Presidência dos Estados Unidos, em que o candidato Obama teve que disputar, Estado por Estado, com a candidata Hilary Clinton, o direito de ser candidato pelo partido democrata.Prestem atenção: o eleitor, decidiu quem deveria ser o candidato de seu partido. Venceu Obama que ,daí saiu para disputar com o candidato republicano,as eleições a qual venceu . A cúpula partidária teve que aceitar a decisão soberana do eleitor e obedecer ao resultado da convenção partidária, feita as claras e, amplamente divulgada pela mídia.

E no Brasil, com se passam as coisas? Meia dúzia de “chefetes” chamados de “direção partidária,” se reúne, quase às escondidas, com listas de seus protegidos para candidatos a deputados e vereadores, conforme o caso. Depois, na reunião convencional, fazem votação simbólica perante meia dúzia de presentes que, naturalmente, aprovam tudo.Para Presidente da República a encenação é um pouco maior mas, os nomes para Presidente e Vice-Presidentes já estão adrede escolhidos nos conchavos de cúpula.Não foi assim na eleição atual? Os leitores devem estar lembrados de que o governador mineiro, Aécio Neves, quis uma eleição primaria , no seu partido PSDB, entre ele e o candidato Serra para que fosse decidido quem deveria concorrer à eleição presidencial. Foi solenemente ignorado. E quem escolheu a candidata Dilma?Os eleitores do PT ?Não. Foi pessoalmente o Senhor Lula da Silva.Belos exemplos de democracia.

Os programas eleitorais na televisão – quando a maioria dos brasileiros procuram outros programas – mostram a apatia dos brasileiros quanto ao assunto.Conseqüência de não terem opinado na escolha dos candidatos. Muita coisa tem que ser mudada na legislação eleitoral como , por exemplo, a instituição do voto distrital ,em que o eleitor saberá quem é o candidato de sua região, entre muitas outras medidas que não cabem no escopo destas breves linhas. Mas, será que os atuais políticos querem mudar este estado de coisas ? Duvido, pois bem diz o provérbio que, li algures e, se adapta ao sistema de escolha de candidatos no Brasil atual: “Político profissional jamais tem medo do escuro. Tem medo é da claridade”. O Brasil ainda tem longo caminho a percorrer para chegar à democracia plena.

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