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terça-feira, 20 de julho de 2010

Estatizar,estatizar...

 

inveja2

Anuncia-se que o governo Lula pretende criar mais uma estatal, esta para atuar no setor de seguros.Seria a 12ª no seu governo. Impressionante a mediocridade do governo Lula na visão dos problemas econômicos de país moderno. Aqui mesmo no Brasil, exemplos do mau desempenho de empresas estatais são abundantes.A “Vale do Rio Doce”, quando estatal, dava lucro. Mas, o maior acionista , o governo, recebia de dividendos menos que a “Vale”, hoje privatizada, paga ao governo, em imposto de renda, devido ao aumento de seu lucro. As siderúrgicas estatais davam prejuízo, onerando os contribuintes.Hoje, privatizadas, dão lucro. Quem não se lembra de como era difícil conseguir um telefone, quando as companhias eram estatais?E o celular? Só o possuíam pessoas de boa renda. Hoje está ao alcance das camadas mais pobres. Na minha empresa todo funcionário tem seu celular, até os de menor salário. Isto é que se chama diminuição da desigualdade social.Vejo com perplexidade que há partidos como o PSOL que tem em seu programa re-estatizar a “Vale do Rio Doce”. Sem comentários.

Mas, há uma explicação para este comportamento do Sr. Lula. Oriundo do meio sindical brasileiro, acostumado a receber sem esforços o imposto sindical- do qual muitos sindicados não prestam contas adequadas- acostumou-se a ver no governo o pai de todas as benesses.Quando dirigi empresa no setor metalúrgico-estaleiro- acostumei-me a ouvir o Sr. Lula, que presidia o sindicato dos metalúrgicos, proferir discursos exaltados contra os empresários do setor.Nestes discursos, via-se que.o Sr. Lula não tinha a menor noção de como funcionava uma empresa privada e, seu lugar na economia de um país moderno.Não creio que tenha mudado muito sua mentalidade, com sua ânsia de estatização.Teve bom senso de manter a política econômica do governo Fernando Henrique, apesar de, antes, seu partido ter declarado que o Plano Real era estelionato eleitoral. A política de recriar estatais é um desastre e só servirá para aumentar a corrupção no governo, aumentar a burocracia na produção de bens e, empreguismo deslavado. Afinal, de contas ele precisa empregar os “companheiros"...

O Estado não pode produzir barato. Ele não distribuirá dividendos que a iniciativa particular pode alcançar. O governo como administrador, não pode evitar intermináveis dificuldades ou desperdícios inerentes à burocracia e, sobretudo, as intervenções políticas diretas ou indiretas.O Estado, em toda parte, tem sido sempre medíocre industrial e mau comerciante. Não é desejável, portanto, que ele exercite esta ou aquela profissão. Seu papel é acompanhar de perto os surtos da produção em todos os setores e, seu desenvolvimento geral, afim de , por intervenções oportunas e hábeis, coordená-los ou ampará-los, segundo a justa linha divisória dos interesses individuais antagônicos,a qual deve sempre coincidir com a suprema conveniência nacional.

Não creio que.o Sr. Lula entenda isto.Sua ânsia de criar estatais é afirmativa disto.Sempre que vejo.o Sr. Lula discursar lembro-me de Milton Friedman: “A solução do governo para um problema é usualmente tão ruim quanto o problema”.

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