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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Estado e iniciativa privada

 

Nas democracias modernas, há funções precípuas do Estado e da iniciativa privada na execução das tarefas em prol da sociedade.Em geral, admite-se que cabe ao Estado prover a segurança, a educação pública, a administração da Justiça, a arrecadação de impostos e, a saúde aos mais necessitados.A divisão da execução das tarefas com o setor privado varia de país para país, conforme as tendências estatizantes de cada um. O que se deve ter como básico é que o Estado moderno, no que diz respeito à produção em geral, tem como principal função, acompanhar, de perto, os surtos da produção agrícola e industrial e, o desenvolvimento geral do comercio. Por intervenções oportunas e hábeis, coordená-los ou ampará-los, segundo a justa linha divisória dos interesses individuais antagônicos, a qual deve coincidir sempre com a suprema conveniência nacional.O governo, como administrador de empresas, não pode evitar intermináveis dificuldades ou desperdícios inerentes à burocracia e, sobretudo, às intervenções políticas diretas ou indiretas. Por isto é sempre desejável,que o Estado não possua ou dirija, diretamente, empresas comerciais, industriais ou agrícolas.

E no Brasil como está o panorama atual na divisão de tarefas entre Estado e iniciativa privada? Estamos ainda longe de estabelecer linha divisória correta entre as atribuições do Estado e da iniciativa privada. Metendo-se a empresário , quase sempre medíocre, o Estado brasileiro não cumpre com eficiência suas tarefas básicas. Vamos enumerar alguns setores. No campo da educação, o mais importante de todos, é pífia a performance do Estado brasileiro em comparação com outros países.É só verificar as recentes estatísticas. No que tange à saúde notória é deficiência dos hospitais públicos. Previdência oficial : altamente deficitária. Insistimos no sistema de repartição em vez de adotar o sistema de capitalização como todos paises modernos estão adotando. Com a população cada vez vivendo mais, o atual sistema irá forçosamente à falência. Antigamente um trabalhador da ativa sustentava 3 (três) aposentados.Hoje somente 1(um).

Chegamos à infraestrutura.Não há razão para que o Estado brasileiro construa, com dinheiro público, rodovias, ferrovias , portos, aeroportos. Com as “PPP- Parcerias Públicos Privadas” toda esta infraestutura poderia ser construída pela iniciativa privada A manutenção das rodovias far-se-ia por concessão privada cobrando-se pedágios. Portos marítimos e aeroportos deveriam ficar sob o comando dos municípios, com operação pela iniciativa privada em regime de concessão. Nada de “Infraero,” que deveria ser extinta.Todas as empresas estatais deveriam ser vendidas à iniciativa privada, como muito bem fez o governo Fernando Henrique, com grande maioria delas. Comparem a performance da “Vale do Rio Doce” quando era estatal e hoje privatizada. Para não falar das “Telefônicas”.

Sei que é difícil convencer a atual classe política dominante- ávida de empregos em estatais, para nela colocarem seus apadrinhados e futuros cabos eleitorais- mudar o atual estado de coisas. Para não falar da corrupção resultante.Mas, os que acreditam na verdadeira função de um Estado moderno devem continuar lutando, Porque como disse Villarroel, escritor espanhol: “Governar é a ciência das ciências”.

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