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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Menos governo

 

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Nos pronunciamentos dos atuais candidatos à Presidência da República, noto que todos pretendem tornar o Brasil o melhor país do planeta.Ótimas intenções. Mas, nenhum deles veio à público mostrar o arcabouço financeiro em que alicerçarão suas promessas. De onde virá o dinheiro? O déficit público é enorme, e o atual ministro da Fazenda parece se acomodar com isto.

Como reverter a atual situação? Gostaria de conhecer a opinião dos candidatos sobre o assunto, com um programa baseado em números, disponibilidade de recursos, etc. Nenhum programa, seja governamental ou privado, poderá ter êxito se não tiver sólida base financeira para sustentá-lo. Lançar obras sem ter recursos financeiros para terminá-las é prova de leviandade, como estamos vendo no governo Lula.

Mas, o aspecto capital desta campanha é que os candidatos não se parecem dar conta da coisa mais importante: o povo brasileiro está “cheio” de governo. Está cansado e descrente dos poderes públicos. O contribuinte brasileiro, para qualquer lado que se vire, encontra o governo a exigir-lhe alguma coisa. É uma ilha cercada de governo por todos os lados. Excesso de regulamentos, portarias etc. , infernizam a vida dos contribuintes que, tem dificuldades até para pagar corretamente seus impostos.Além disto, ao lado da fiscalização honesta que, existe e luta para fazer seu trabalho, pululam fiscais desonestos anulando o trabalho dos honestos. Basta ver o episodio da atual quebra de sigilo de contribuintes pela Receita Federal. Aposto que ninguém vai ser punido. Marca registrada do governo Lula.

No Brasil, o governo tem dificuldades em entender que, na democracia o poder mais alto é do contribuinte. Herança da cultura ibérica que, é a cultura do privilégio dos governantes.

O que o brasileiro hoje deseja, é exatamente isto: menos governo. Que o deixe trabalhar em paz sem ter que pedir licença, para tudo, ao governo. Nossa atual Constituição repetiu o erro de todas as outras, desde o “Regimento de Tomé de Sousa”, nossa primeira Constituição, com seus monopólios, alvarás etc.,etc.

Nenhum candidato, que tenho ouvido, falou nisso: libertar a sociedade, deixar correr solta a engenhosidade do brasileiro, para que possa produzir sem requerimentos, sem carimbos e sem  “audiências... No dia em que um Presidente da República se convencer de que não, passa de um servidor público encarregado de proteger a sociedade e não cerceá-la, tutelá-la ou ditar-lhe normas descabidas, ai então poderemos chegar a ser nação de primeiro mundo.

O grande slogan dos atuais candidatos, o primeiro de todos, deveria ser: MENOS GOVERNO. Esta, sim. seria a grande privatização do setor publico com grandes benefícios para a sociedade.E lembro aos candidatos que, em uma empresa privada os dirigentes administram seu próprio dinheiro. Em uma empresa pública administram o dinheiro dos outros.

Termino esta breve dissertação com Roberto Campos: “O governo é uma máquina cara demais pelos parcos serviços que presta”.

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